José Martiniano de Alencar (1829-1877) nasceu em
Mecejana, no Ceará em 1829. Era filho de tradicional família cearense, e ainda
menino mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou no Colégio de Instrução
Elementar.
Formou-se pela Faculdade de Direito do Largo de
São Francisco, em São Paulo, em 1850, mas, pouco exerceu a profissão. Voltando ao Rio, José de Alencar estreou no Correio Mercantil, as crônicas publicadas foram, mais tarde,
agrupadas em um único volume chamado Ao
correr da pena e já em 1856 passa a ser o redator
chefe do Diário do Rio de Janeiro, onde em 01 de janeiro de 1857 publica o
romance O guarani, em forma de folhetim, alcançando enorme sucesso.
Passando então a se dedicar mais a esse gênero literário e também ao
teatro, à advocacia, e à politica, sendo eleito deputado pelo Ceará diversas
vezes. Durante a Guerra do Paraguai foi ministro da Justiça, mas ao não
conseguir se eleger senador, como o pai, retirou-se da vida pública, sendo
apoiado pela amizade de Machado de Assis.
Aos 48 anos, após escrever Encarnação,
Alencar morreu, vítima de tuberculose.
As principais obras de José de Alencar, em Romances
Históricos e Indianistas foram, O guarani (1857), As minas de prata (1862),
Iracema (1865), Alfarrábios (1873), A guerra dos mascates (1873) e Ubirajara
(1874).
José de Alencar criou uma
literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar
tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem sucedidas quando o
autor transporta a tradição indígena para a ficção. Tão grande foi a
preocupação de José de Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das
páginas de seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas,
usos e costumes observados pessoalmente por ele, com o intuito de, cada vez
mais, abrasileirar seus textos.
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